segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Revolução Francesa e Napoleão: Liberdade, Igualdade e Ditadura.

Antes de tudo, havia um rei, com poderes absolutos que se sustentavam com os impostos cobrados e acumulados, gerando uma vida de muito luxo, cercado por uma nobreza palaciana cheia de benefícios. O trailer abaixo romanceia um período da vida de Maria Antonieta, que se tornaria rainha da França no período da Revolução Francesa.



A seguir, um pequeno resumo do que foi a época da Revolução Francesa:



Ao final da Revolução, Napoleão Bonaparte se estabelece no poder até sua segunda prisão pelos ingleses, de onde não mais saiu. Abaixo, trechos de vídeos sobre Napoleão Bonaparte para serem discutidos em sala, após a leitura dos textos 'o crime está desmascarando nossa secular incompetência', de Arnaldo Jabour, e 'A ascensão das massas', de Paulo Guedes:


Links para informações sobre Napoleão e seu código:
Revista de História da Biblioteca Nacional
Súmula do Código Napoleônico


PROBLEMATIZAÇÃO

O objetivo dessa atividade é aprofundarmos o conceito de 'liberdade' como uma escolha consciente, inclusive quando cedemos parte dela. Preparando para a discussão, faremos a atividade abaixo:

O Povo no Século XX

Os trechos abaixo foram retirados de dois textos apresentados às turmas. Selecionei-os para poder aprofundar algumas questões, mais uma vez colocadas como desafio. As melhores, e primeiras, respostas publicadas no Facebook ou aqui no blog receberão avaliação diferenciada. Lá vai:

"Todas as causas da violência sempre estiveram aí (...) sonhamos secretamente com extermínio de favelas, incêndios, bomba atômica contra o tráfico" ('O crime está desmascarando nossa secular incompetência').

"(...) a alma vulgar, sabendo que é vulgar, afirma o direito à vulgaridade e o impõem em toda parte (...) como as massas não vêem nas vantagens da civilização construções prodigiosas, que só podem ser mantidas com grandes esforços e cuidados, acham que seu papel se resume em exigi-las (...) ('A ascensão das massas").

Refletindo sobre os textos, responda:

a) Como surgiram as favelas?
b) O primeiro texto cita 'há cem anos', o segundo refere-se à Europa de 90 anos. O que há de comum entre Brasil e Europa nesse período?
c) De acordo com os textos, o povo escolhe não ter liberdade?

Para aprofundarmos o assunto, vejamos uma situação na qual uma população, acuada, recorre ao auxílio de militares para tentar manter a ordem local. Abaixo, trailer do filme que será exibido em sala, e depois faremos um debate. Se puder ver antes, melhor preparado o aluno estará para a conversa.



Para a ficha técnica do filme,consulte o Imdb.

DITADURAS

Nenhum poder se estabelece apenas pela violência; ele também se impõe de forma negociada com a sociedade, em busca de alguma tolerância, mesmo que essa seja irmã do medo. Podemos comparar alguns pontos do autoritarismo de Napoleão com o de Hitler, ocorrido no século XX. O Clip a seguir é composto de alguns trechos de vídeos que fazem referência ao nazismo. Assista para discutirmos em sala:




Para maiores informações sobre o filme de Chaplin, O Grande Ditador.
A parte seguinte é um trecho de um comercial. Veja aqui e aqui.

Acerola, se é que você o conhece, explicaria assim Napoleão:




Não podemos imaginar que tais ditaduras se perderam no passado. O texto abaixo mostra-nos quanto o assunto ainda é bem atual, e repleto de ambiguidades:

A última vitória do ditador.

Depois de meses de guerra civil, Muamar Kadafi foi apanhado vivo e morreu linchado. Ferido, dizendo palavras desconexas, teve os cabelos puxados, arrastado, levou socos e pontapés, bateram-lhe no rosto e no corpo e, afinal, estouraram sua cabeça com uma bala de chumbo, o chamado tiro de misericórdia, embora fosse mais próprio chama-lo de tiro da vingança (...)
O povo agora o odiava.
Mas sempre fora assim?
Recuemos no tempo.
Em 1º. De setembro de 1969, oficiais do exército tomam o poder na Líbia, depondo o rei Sai Muhammed al-Idris, um pau-mandado dos ingleses, e proclamam um novo regime, revolucionário. O líder do movimento é um jovem de apenas 27 anos, esbelto e elegante, orgulhoso e destemido. As agências de notícias fazem seu nome correr o mundo: Muamar Kadafi.
Ao longo dos anos 1970, a revolução faz vibrar a corda nacionalista, sensível num povo que resistira ao domínio italiano durante vinte anos, entre 1911 e 1931. Numa guerra terrível, a civilizada Itália matou cerca de um terço da população. Depois da II Guerra Mundial, vieram os ingleses, que reconheceram a independência do país em 1961, mas as pessoas suportavam mal a hegemonia britânica. Assim, quando Kadafi exige, com êxito, o fechamento das bases militares estrangeiras, nacionalizando-se seus bens. Outro sucesso. Fazendo uso a riqueza nacional – o petróleo -, os revolucionários reformam a sociedade, construindo sistemas de saúde e de educação públicos e gratuitos. Em 1978, eliminam a propriedade pessoal e a gestão das fábricas é entregue aos trabalhadores. O setor público emprega cerca de 75% da população. Em dez anos, a renda per capita multiplica-se por cinco e é decretada a igualdade civil das mulheres. Sucessivas reformas administrativas promovem ascensão de novos grupos sociais. As gentes apóiam o regime ditatorial.

Trecho do texto de Daniel Aarão Reis, jornal O Globo, 22 de novembro de 2011.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A atividade de leitura e produção de texto inspirado na literatura de cordel transcorreu durante os meses de julho e agosto, e resultou em uma coletânea de textos produzidos pelos alunos. Todo o trabalho foi coordenado pela professora Mônica Cyríaco.

Produção de texto na Sala de Leitura e Sala de Informática
Preparação do texto: pesquisa e rascunhos iniciais (09 de agosto)
Imagens retiradas da literatura de cordel disponível na Sala de Leitura ilustraram nosso mural (julho)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mudanças

Queridos colegas, o blog do projeto Autonomia Carioca com o meu Memorial da turma 8801 de Rodrigo Otávio agora está em http://expresso2013.blogspot.com/. Quando visitarem, deixem um recado.


Abraço.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Expresso 2013: dia 2



Acolhida
Após montarmos o equipamento, os alunos ouviram a música “O amanhã”, da União da Ilha. Destaquei a importância do exercício de ouvir. Conversamos sobre o tema da música. 
Atividade integradora
Fizemos a atividade de modificar o papel, que deveria ser entre a um colega. Verificamos que era mais fácil modificar o papel do que dividi-lo com alguém.

Problematização

Conversamos então sobre a relação entre música, atividade e a escola. Os alunos relacionaram escola ao futuro, e houve alguns destaques individuais: Edson disse que precisamos da escola para ser alguém na vida; Gabriel destacou o aumento do conhecimento; Taira falou em educação.

Atividades
1. Realizamos a atividade de síntese do dia anterior e da avaliação das etapas identificadas. Solicitei que copiassem no caderno o resumo do dia. Comentei que para o nosso aprendizado era necessário que exercitássemos a atenção, e para tanto já havíamos começado com o ouvir através da música. A atividade de síntese seria um exercício de memória e registro. A avaliação um exercício de reflexão. A próxima etapa seria um exercício de observação.
2. Seguindo o processo de apresentação e integração, alguns alunos apresentaram objetos com alguma relevância. Rafael e Élisson apresentaram objetos utilitários (celular e fichário); Vitória e Thaiza objetos ligados a memória (álbum e boneca) e Lucas Silva emocionou a todos com o crucifixo de sua mãe. Solicitei que os colegas escolhessem um objeto e reproduzissem em desenho e o descrevessem.
3. Após o intervalo reagrupamos as equipes para continuarmos a atividade de expectativas e partilhas, agora iniciando a montagem dos cartazes. Durante a atividade distribuí as responsabilidades de cada equipe.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Expresso 2013: dia 1

Acolhida

A recepção começou na quadra, onde todos os alunos da escola estavam formados para recepção da diretora-adjunta. Ao final, recolhemos o equipamento necessário para o dia - aparelho de som, datashow e fios - e nos encaminhamos para sala de aula. Vários alunos já haviam trabalhado comigo. Na sala, começamos ao som de Infinito Particular, da Marisa Monte. Pedi que arrumassem a sala em círculo e fiz uma pequena recepção para iniciarmos o trabalho.


Problematização

O som não estava bem audível. Tentamos ajustes para que pudessem reconhecer um pouco da letra. Dois alunos já conheciam a música de uma novela. Conversamos sobre o título Infinito Particular. Vitória conseguiu chegar a uma compreensão do mesmo. Na terceira vez que repeti a música, destaquei algumas frases no quadro branco, como "eis o melhor e o pior de mim", "sou pequenina e também gigante", "olha minha cara, sou só mistérios, não tem segedo", "vem, cara, me retrate" e "tá na cara, sou porta-bandeira de mim". Conversamos sobre o conceito de Retratar e Porta-bandeira. O primeiro, demonstraram bom entendimento - fotografar, escrever sobre, desenhar. O segundo, Rodrigo chegou a ideia de "representar alguma coisa". Falei sobre a figura do Mestre-sala, protetor da bandeira. Concluimos com a noção de retratar-se como representar-se, ao mesmo tempo em que se protege essa imagem.

Com licença poética

velazquez_meninas Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não,
creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos – dor não é amargura.
 Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida  é  maldição pra homem.  Mulher é desdobrável.  
Eu sou.
Adélia Prado

O autorretrato
Rockwell by Rockwell No autorretrato que me faço / - traço a traço –
às vezes me pinto nuvem, / às vezes me pinto árvore…
às vezes me pinto coisas / de que nem há mais lembrança…
ou coisas que não existem / mas que um dia existirão…
e, desta lida, em que busco / - pouco a pouco -
minha eterna semelhança, / no final, que restará?
Um desenho de criança… / Terminado por um louco!
Mário Quintana
Calvin como Rockwell 
Texto, Algma poesia. Rockwell, Yo. Calvin, Depósito.
Pra encerrar, Batistão, que mais parece um professor que, por trás do jeito desanimado, guarda um louco com sonhos de um palhaço.
Batistão

Atividade Integradora

Pedi que pensassem em três características suas e, então, fossem para o centro e caminhassem até que, ao receberem o comando de parar, aproximassem de um colega e contassem uma característica, repetindo esse processo três vezes. A timidez retardou a atividade. Alguns alunos evitaram participar, outros procuraram manter suas duplas. Depois de concluída a ação, li o texto do Mário Quintana que estava no quadro, comentei rapidamente, solicitei que escrevessem sobre si e desenhassem um autorretrato. Enquanto executavam, instalei o datashow e exibi imagens de autorretratos e li texto de Adélia Prado. Não tínhamos material para concluir o crachá, então encaminhei a tarefa seguinte.

Expectativas e Partilha

Solicitei que respondessem as perguntas "o que espera", "o que trouxe" e "o que precisa fazer" e depois separei os quatro grupos para reunirem as principais impressões. A participação foi restrita. Márcio posteriormente mostrou-me suas respostas, mas "esqueceu" de apresentar aos colegas. Mais uma vez, não executamos o estandarte como planejado por falta de material. O material necessário para as atividades pendentes foram solicitados no início do dia, separados no final do mesmo e serão usados na aula seguinte.


Apresentação do projeto

Após o recreio, apresentei o formato do projeto, comentei sobre o material usado e relacionei o círculo ao trabalho de equipe, necessário para que superássemos os desafios dos dois anos que virão pela frente. Também comentei que, por ser um trabalho colaborativo, não aceitaria ofensas e agressões entre eles - já presentes no primeiro encontro com os apelidos, utilizados principalmente por Élisson e Thaiza.

Para casa

Solicitei que pesquisassem informações para o Memória Familiar.