domingo, 8 de julho de 2012

O dia em que Vargas afastou os fascistas do governo


Dia 17 agora faz 70 anos da demissão de Filinto Müller da chefia de polícia da ditadura do Estado Novo, que usava, entre outros instrumentos de tortura de presos políticos, uma espécie de alicate para apertar e esmagar testículos e pontas de seios - além de um maçarico, meu Deus, que queimava e arrancava pedaços de carne. Müller ganhou fama internacional ao ser apontado como responsável pela entrega da judia alemã Olga Benário, mulher de Luis Carlos Prestes, à Alemanha, onde seria executada.
Com Filinto Müller, saíram outros simpatizantes do nazi-fascismo, como Francisco Campos, ministro da Justiça, e o escritor Lourival Fontes, chefe do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).
No mês seguinte, em agosto de 1942, o Brasil declarava guerra à Alemanha.
Tanto Francisco Campos como Filinto Müller, coerentes, voltaram a servir a outra ditadura, a de 1964. Campos ajudou a redigir os dois primeiros atos institucionais, e Müller foi líder do governo militar no Congresso e presidente da Arena. Mas aí é outra história.
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Adaptação de texto publicado na coluna do Ancelmo Gois em O Globo de 08.07.12. A imagem é de Müller apresentando documentos do PCB apreendidos em 1935, como pode ser visto aqui.

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